... capturar o Bosque do Papa num desenho circular. Trezentos e sessenta graus. Mestre Marconi trouxe o caderno – com páginas brancas coladas umas nas outras e eu esbocei a panorâmica. Apoiamos o caderno no palco cíclico que virou uma mesa. Onde acontecem as danças em dias de festas.
Porém, o que parecia simples no começo, tornou-se complexo, devido ao curto espaço de tempo – duas horas, e grande quantidade de elementos: árvores, casas, jardins, caminhos, duendes... Eu disse duendes?
E o círculo não se fechava. O desenho começava numa ponte e terminava nela mesma, porém era diferente. E tenho quase certeza que as árvores se moviam. Inclusive os homens-azuis também disseram isso. E dá-lhe aquarela, respingos de tinta, traços em nanquim e spray. Di Magalhães, Fernando Nolasco, Caroline Lemes, Giovana Lago, José Marconi, Lia Rossi, eu e Cassio Shimizu.
Alternávamos posições e cada um via/desenhava um bosque. Na intersecção dos planos, formou-se um abismo negro e foi de lá que todas as coisas surgiram: besouros de cabeças azuis com olhos nas costas, amores perfeitos, árvores barbadas, casas de madeira, burburinhos e discussões miniaturas.
Não era possível ver o fim do caminho de pedras.
De repente, um lápis branco jogado no meio da relva...
– Onde está minha lapiseira?
Nosso objetivo era...
(18/07/13)
Prof. José Marconi B. de Souza18 de julho de 2013 10:27
ResponderExcluirO melhor de fazer um desenho como este é ter a impressão que você está visitando a imaginação do outro. Quando fico pintando e chapiscando os desenhos alheios me divirto, como se estivesse num jardim de infância. Meu único compromisso é distribuir cores nos caminhos abertos. Um prazer conhecer vocês. Marconi.